“Eu estou bem, Coelhão...” Jack revirou os olhos.
“Você não está bem, Jack.” Coelhão bufou. Ele apertou a pata contra a testa do garoto mais uma vez, depois repetindo o ato, mas dessa vez conectando seu nariz contra a pele de Jack. “Hum, você não está quente...”
"Escrever um livro mau não requer menos trabalho que escrever um livro bom; jorra da alma do autor com a mesma sinceridade." - Aldous Huxley (1894 - 1963)
O mundo era dourado e bonito, mas aos poucos o brilho mudou assim como as cores ao seu redor. Jack piscou uma ou duas vezes, aos poucos processando o que estava à sua frente. Ele se sentia quente e havia um peso confortável em cima de sua mão direita.
"Escrever a própria essência, é contá-la toda, o bem e o mal." - Machado de Assis (1839 - 1908)
Olá amigos. Vocês devem ter notado como eu ando um pouco sumido, e alguns posts semanais pararam de aparecer.
Infelizmente eu não me sinto muito bem ultimamente e sinto pouca motivação para continuar criando (seja posts, histórias ou até arte). Por isso, esse mês de Novembro e Dezembro vão ser meses de "hiato", em que todas as postagens serão apenas postagens antigas já programadas para serem postadas, mas fora elas não tenho nada diferente para postar.
Espero voltar no próximo ano com algo mais para postar! ♥
Até lá!
Coelhão ouviu o som de algo quebrando e ao desviar os olhos para baixo ele pôde ver várias rachaduras começando a se formar no gelo que cobria o chão e prendia suas pernas; eles cresciam mais e mais a cada segundo, como fios de uma enorme teia de aranha. Ele tentou se mover, notando que o aperto do gelo havia se afrouxado levemente, se ele chutasse as pernas com força ele acabaria se soltando sem muito problema. Coelhão ergueu os olhos, os focando no rapaz parado no meio da caverna.
– Eu... – O garoto hesitou. – Eu estava olhando pra ele e daí o espelho se... Abriu... Tipo um redemoinho.
– O que você viu?
– U-uma sala escura... – Ele tentou não gaguejar, sem sucesso, sentindo como se estivesse sendo interrogado. – Com algumas ampulhetas, mas bem poucas...
Ele se calou logo em seguida. A expressão de Karakólin tinha se tornado mais suave, surpresa, quase chocada. Thomas esperava não ter feito algo de errado, ele nem sabia que aquele era um espelho mágico afinal.
– Você viu... – Nem dava para ter certeza se o homem havia mesmo falado ou se aquilo foi só uma ilusão. – Você viu Sulun Sukól...
Alguns minutos antes...
Uma luz sobrenatural pairava no ar, sempre presente no meio do escuro, perdendo apenas para os repentinos brilhos de gelo.
O rapaz se atirou contra a parede de pedra com um grunhido alto, suas mãos agarrando seus cabelos ao ponto de arrancar tufos, mas ele não parecia ligar para a dor. Ele respirava rápido, com dificuldade, enquanto seu corpo se debatia como se estivesse fora de controle. Os olhos fechados, apertados com tanta força, estavam começando a criar padrões brilhantes por trás de suas pálpebras.
"Melhor escrever para si mesmo e não ter público do que escrever para o público e não ter a si mesmo." - Cyril Connolly (1903 - 1974)
E só então ele notou... Não estava meio claro demais para quase ser meia-noite naquele lugar longe de qualquer iluminação...?
O mundo ao seu redor se iluminou consideravelmente e ele ouviu um som alto se aproximando, como o de rolar de pedras enormes. O ar vibrou e estalou em seus ouvidos, fazendo cada pelo em seu corpo se eriçar. Wil demorou um pouco para processar o que estava acontecendo... E então ele ergueu os olhos.
Uma bola de fogo vinha em sua direção, ao mesmo tempo se movendo devagar e descendo rápida como uma bala e Wil se sentiu paralisado em baixo da luz forte.
Até que algo grande e dourado veio em sua direção, agarrando-o pela frente da camisa e o puxando para longe.
Ele gritou. Suas orelhas vibraram com o som de uma explosão e o chão tremeu em baixo de seus pés, antes de tudo se tornar um zumbido alto e então nada. Calor o envolveu e tudo ficou escuro.
